terça-feira, 20 de setembro de 2011

MATÉRIA: Educação à distância-EAD – Inclusão ou exclusão?

Educação à distância-EAD – Inclusão ou exclusão?

Palavras chave: Educação + Tecnologia + Conhecimento.
Políticas de inclusão na Educação: compromissos com poder público – Ministério da Educação, unidades de ensino e do acadêmico.
Ética, Responsabilidade, seriedade, disciplina e organização.
Refletindo sobre a Educação no Brasil e seu compromisso com a Sociedade, percebemos a preocupação dos governos e das instituições particulares de ensino, no que tange  à qualidade da Educação em nosso país.
O que é qualidade em Educação? O conceito de qualidade na área educacional, vem enunciado de várias formas, mas abarca desde as estruturas físicas, os processos de ensino, as ferramentas tecnológicas e os resultados obtidos por este processo.
Atualmente no Brasil apresenta-se um aumento da procura e da oferta do novo modelo de Educação, Educação a Distância - EAD, com isto também vem junto dúvidas e preconceitos sobre a qualidade desta modalidade de Ensino.
A Qualidade em Educação, como marco nos sistemas educacionais brasileiros, aceita várias interpretações. Mas sempre devemos perguntar o que esses sistemas, devem proporcionar a nossa sociedade brasileira? Sociedade já bastante sofrida e desprovida de oportunidades.
 Podemos dizer que uma educação de qualidade pode significar tanto o domínio eficaz dos conteúdos previstos nos planos curriculares, que possibilita a elaboração de conteúdos científicos e literários, ou aquela que desenvolve capacidade técnica para manter o sistema produtivo; ou ainda aquele que promove a transformação de uma sociedade, de um indivíduo, através do conhecimento e do desenvolvimento da reflexão critica fortalecendo o compromisso com a sociedade em que vive.
Consideremos então o que nos traz a proposta do Ensino à Distância, cursos de valores mais acessíveis, acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências, ao trabalhador a oportunidade de organizar seus horários de estudos, a mulher que cuida de sua família a oportunidade a de se ajustar aos seus horários.
Porém para termos a qualidade do ensino que queremos,  ao escolher o ensino à distância, devemos entender que somos parte integrante deste ensino, com comprometimento, perfil de pessoa responsável, disciplinado, criativo e organizado.
Convido-os então a uma reflexão, um país cheio de desigualdades, uma sociedade onde até hoje uma minoria privilegiada,  tem acesso a boas instituições de ensino, onde o trabalhador não consegue pagar para obter melhor qualificação profissional. Esta sociedade está preparada para receber esta modalidade de ensino? Nosso mercado de trabalho esta pronto para receber os formados por esta modalidade de ensino?  Estamos prontos para uma fiscalização intensiva a aqueles que realmente não oferecem ensino de qualidade, seja sistema presencial ou à distância?
Pontos de inclusão:
- Acessibilidade de pessoas que residem em lugares de pouco acesso e distantes;
- Trabalhadores em geral que pode gerenciar seus horários de estudos;
- Acessibilidade aos portadores de deficiências;
- Custos mais baixos;
- Pode desenvolver habilidades, como a criatividade, autonomia, responsabilidade, criatividade e grande capacidade de organização.

Pontos de Exclusão:
- Sofrer preconceito, por parte de alguns setores e categorias;
- A generalização de cursos que apresentam má qualidade do ensino;
- A banalização desta modalidade de ensino;
- A falta de cuidados ao oferecer mecanismos de interação, como o uso das novas tecnologias, sem preparo do aluno e sem oferecer qualidade nas ferramentas tecnológicas oferecidas, não provocando a necessária interação entre aluno, professor e na apresentação do conhecimento.
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Lei Diretriz e Bases da Educação Nacional, nº9394/96, decretos 5.622/05, 5.773/06 e 6.303/07 e portarias normativas 40/07 e 10/09.
MEC – Ministério da Educação.
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sábado, 17 de setembro de 2011

EAD - Inclusão ou Exclusão?


Educação à distancia, inclusiva ou exclusiva...

Histórico do EAD no Brasil


A educação a distância no Brasil


Inexistem registros precisos acerca da criação da EAD no Brasil. Tem-se como marco histórico a implantação das "Escolas Internacionais" em 1904, representando organizações norte-americanas. Entretanto, o Jornal do Brasil, que iniciou suas atividades em 1891, registra na primeira edição da seção de classificados, anúncio oferecendo profissionalização por correspondência (datilógrafo), o que faz com que se afirme que já se buscavam alternativas para a melhoria da educação brasileira, e coloca dúvidas sobre o verdadeiro momento inicial da EAD. Nessa época, a crise na educação nacional já era notada, buscando-se desde então opções para a mudança do status quo. Vale transcrever a citação contida no relatório de 1906, do Dr. Joaquim José Seabra, Ministro da Justiça e Negócios Interiores (que abrangia a Educação), ao Presidente da República. Textualmente, assim manifestava o titular da pasta: "O ensino chegou (no Brasil) a um estado de anarquia e descrédito que, ou faz-se a sua reforma radical, ou preferível será aboli-lo de vez". A educação a distância começou, portanto, num momento bastante conturbado da educação brasileira. Devido a pouca importância que se atribuía à educação a distância e as muitas vezes alegadas dificuldades dos correios, pouco incentivo recebeu o ensino por correspondência por parte das autoridades educacionais e órgãos governamentais.Em 1923, com a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, por um grupo liderado por Henrique Morize e Roquete Pinto, iniciou-se a educação pelo rádio. A emissora foi doada ao Ministério da Educação e Saúde em 1936, e no ano seguinte foi criado o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. Outra experiência surgida em São Paulo foi a do Instituto Rádio Técnico Monitor, fundado em 1939, com opção no ramo da eletrônica. Não há registros históricos do surgimento das entidades de EAD brasileiras, o que dificulta um relato preciso para os estudiosos dessa área educacional.
Em 1941 surge o Instituto Universal Brasileiro, objetivando a formação profissional de nível elementar e médio.A Igreja Adventista lançou, em 1943, programas radiofônicos através da Escola Rádio-Postal de "A Voz da Profecia", com a finalidade de oferecer aos ouvintes os cursos bíblicos por correspondência.O SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - iniciou em 1946 suas atividades e desenvolveu, no Rio de Janeiro e São Paulo, a Universidade do Ar, que em 1950 já atingia 318 localidades e 80 alunos; em 1973, iniciou os cursos por correspondência, seguindo o modelo da Universidade de Wisconsin - USA.A Diocese de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, criou em 1959 algumas escolas radiofônicas, dando origem ao Movimento de Educação de Base, que foi um marco na EAD não formal no Brasil.Em 1962 foi fundada, em São Paulo, a Ocidental School, de origem americana, sendo atuante no campo da eletrônica. Possuía, em 1980, alunos no Brasil e em Portugal.Na área de educação pública, o IBAM - Instituto Brasileiro de Administração Municipal - iniciou suas atividades de EAD em 1967, utilizando a metodologia de ensino por correspondência. A Fundação Padre Landell de Moura criou, em 1967, seu núcleo de EAD, com metodologia de ensino por correspondência e via rádio.
A história da EAD no Brasil registra também que, nas décadas de 60 a 80, novas entidades foram criadas com fins de desenvolvimento da educação por correspondência, sendo que algumas já estão desativadas. Um levantamento feito com apoio do Ministério da Educação, em fins dos anos 70, apontava a existência de 31 estabelecimentos de ensino utilizando-se da metodologia de EAD, distribuídos em grande parte nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.